A primeira parte do colóquio sobre Óscar Ribas, comemorativo do centenário, foi preenchida com comunicações de linguistas, etnógrafos e antropólogos. Devo confessar que me pareceu de qualidade muito variável. É de destacar, por exemplo, a conferência da Prof.ª Amélia Mingas, pela positiva - mas havia mais interessantes, cujos autores não recordo agora. Pela negativa, algumas também. Destaco a de Américo Kwononoka. Lamentável, precipitada, cheia de veleidades e muito pouco humilde. No meio, para coroar as asneiras e leviandades, diz animadamente, partindo de Malinowski e da sua defesa da intimidade com o objeto estudado, diz animada e perentoriamente que, para se conhecer a cultura de um povo, é preciso trazê-la no corpo, e para tê-la no corpo é preciso tê-la no sangue, por herança genética. Portanto, não sei como o Dr. Kwononoka pode falar da cultura científica europeia, por exemplo, ou como o próprio Malinowski podia ter estudado povos cujo sangue não corria nas suas veias. Sentado no trono de vice-ministro, Luís Kandjimbo extasiava-se com um brilho evidente nos olhos... Que bela fotografia!
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