Esta páina ficou demasiado lenta: está no limite.
em paz na magnitude do que havíamos vivido sem palavra nenhuma
começa a fechar-se a cortina
sem qualquer efeito
abertura suave
dias de chumbo
nuvens tutelares
nem tão suave assim
pelo fio da agulha
No bojo do voo
asas
Candeeiro sobre o lago
sistema nervoso central
Luminosa
Uma espécie de vanguarda
Este mundo é um paraíso, veja: cada demónio
estrangula mil almas antes de sucumbir
Pequenos contrastes na via dupla
Onde nascem as nuvens
com seus brancos braços longos
cravejados de sombras
Realmente as nuvens não têm país
sobre os cascos do oceano
em volta
nem crime nem castigo - um pássaro distante
Entreato
Emissão
Quase
Uma ligeira dissensão
da prata do dia - progressão para o azul através do ouro
Ponto central
Nuvens finas
Espargindo-se
Diálogos brancos
Alinhamentos imprevistos
as nuvens não têm títulos
As luzes acendem a neblina
Que nem a brisa limpa
Com seus pianos de pluma.
As nuvens inflam de chuva
Sob o domínio oculto do sol.
O céu, contrito, se oclude.
Em castelo
Ainda há luz
Sol entre nuvens
Entreverdes
Poeira luminosa
Luz ao fim do dia
Anoitecer no lago
... em trânsito
Vertical com ramos sem folhas
Nuance
Retorno da mesma nuvem
Daquela cor...
Lua 🌙 e seus poetas
Reflexo animado
Encostando-se
Abertura tímida
Praia do Cassino
Palpável
Voando sobre a lagoa
Vinco e vento
Segredo
Sol nublado, com linha assimétrica
asa branca sobre o lago:
as garras das nuvens
coam transparências
na poeira dos olhos
nublagem com árvore e sol
Entre linhas em V, as nuvens levantam o sol e o envolvem. Por baixo delas, à direita, a folhagem em contraste nos fala das raízes e da busca em verde tentando tocar para além dos fios
Corando, começo da grande elipse do tempo, recebendo o sol em diferido já no declinar do dia
Vitoriosa
Bando de asas em fuga trazem da ilha distante um rasto de luz sobre a lagoa noturna
Ponto e fuga
Entre as copas das árvores altas
Eletrocutadas
Anoitece à direita
a nublagem solar
A luz em ascensão
Em paz, quase chegando...
Cais à direita
Possível abertura
depois que, invariavelmente
as nuvens em torno do sol
fixaram a luz brilhante
em Évora - nuvens com pássaro
atravessaram os muros
a lagoa dos patos, o rio grande, fugindo por um fio fino
de brancuras de sentido
no horizonte sombreando o verde
as casas, o firmamento
refugiando-se atrás das árvores
preparando a lua noturna
e retornado à sua digna soberania
além dos fios cortantes
sobre as ondas cíclicas e azuis
antes de se tingirem com o sangue das águas
os húmidos peixes em torno do barco
mesmo ancorados aos laços flutuantes
pousando como quem vigia o pescador
além da noite sobre o chão
além da noite precoce
anunciando o sacrifício do sol
entre prenúncios encarnados
antes da próxima manhã branca
sobre o espelho das lagoas
das ruas desertas ao amanhecer
na cidade enublando a prece dos dias
enublando as cordas das travessias
com prédios fátuos ao fundo, inutilmente orgulhosos
antes da beleza da paz, um barco impercetível na distância
que a estrada corte com seu gole de alcatrão
Chuva no lago
Nublagem rosa
Entre árvores
Grito