Vetustas portas de cristais errantes Às horas mortas gastas e frias, Aquecidas nos membros palpitantes De convivas fogosas e vazias,
Vejo em teus braços de oiro cintilantes, Rubis e brilhos, cores que irradias Na brancura marmórea contrastantes Das velhas portas gastas pelos dias.
E acendo os incensos no turíbulo À tua passagem palpitante Queimando a roupa fina do vestíbulo
Entre passos acesos, coruscante, Asas na dança das aras do prostíbulo, Sobre os lívidos mármores, triunfante.