Lucrécia Borja meu amor estive aqui há pouco
Foi por causa da mandrágora
Silêncio! Silêncio! Estou a ficar louco!
A sórdida Lucrécia, demonstração real
De que o padre se compra e a mãe é raposa velha
Se tudo correr bem
O acto por entre subtis isolamentos
Escorregando pelos paralelos
Minimalistas
Hum... sedutora figura
Percorrendo a escala do desejo
Com enigmáticas narrativas
No seu misterioso olhar.
Está bem... Está bem... Descansa...
Dá voltas lentas sobre o palco
Enquanto eu escrevo esta lembrança.
Valha-nos Deus! O alfaiate amoroso
Debruçado sobre a máquina de escrever.
Por vezes sobre a terra comestível,
Por vezes um menino perdido num pântano
Atormentando o conforto dos lagartos.
Bebe mandrágora, filha, bebe mandrágora!
Sempre é melhor que a semiótica.