Rio Grande - Brasil - desurbanismo. Conforme as atividades pesqueiras e portuárias se foram afastando do antigo centro da cidade, os locais ficaram num regime de semi-abandono ou, pelo menos, com utilização de costas voltadas ao antigo porto. Os antigos armazéns, uns poucos parecem abandonados, outros ocupados com traseiras de instituições oficiais e de lojas, outros ainda com garagens. O espaço entre o cais e os armazéns ficou baldio nesta zona. Dele sai a água para lavar as traineiras (barcos de pesca) que ali vão fazer ainda lavagem. Mais para o fundo está o primeiro porto e cais, onde ainda funciona um mercado de peixe, entre o edifício da Biblioteca Rio-grandense e o do Mercado (este com alguns restaurantes e lojas tradicionais). Esta zona, entre o mercado do peixe e o chamado 'rincão das cebolas' (reentrância com doca para barcos pequenos e passeio ao fim da tarde, até onde atracam os barcos de pesca - do lado do lago, não da doca- e onde antigamente vinham vender produtos agrícolas da vizinha ilha dos Marinheiros), essa zona podia ser aproveitada para criar um espaço cultural e de boemia, mas ficou assim. Junto ao Rincão das Cebolas há alguma atividade aos fins de semana, durante as tardes, com pequenas vendas, crianças usando equipamentos ali postos para elas, uns poucos adultos aproveitando equipamentos para ginástica, tudo num espaço reduzido, que podia ampliar-se com palco ou palcos para concertos e revitalização da zona dos armazéns, com restaurantes e bares voltados para a Lagoa dos Patos.
Mas nada disso acontece. Tal como sucedeu em várias cidades-porto, o afastamento do porto deixou a zona envolvente semimorta. Apenas o centro comercial e bancário da cidade se mantém ativo, embora enfraquecido, mas desligado da antiga zona do porto, que se estende bem mais para o fundo, onde está o Museu da Cidade e o edifício da Alfândega - cujo pátio podia ser também usado para atividades culturais - e mais além ainda.
Mas nada disso acontece. Tal como sucedeu em várias cidades-porto, o afastamento do porto deixou a zona envolvente semimorta. Apenas o centro comercial e bancário da cidade se mantém ativo, embora enfraquecido, mas desligado da antiga zona do porto, que se estende bem mais para o fundo, onde está o Museu da Cidade e o edifício da Alfândega - cujo pátio podia ser também usado para atividades culturais - e mais além ainda.