Tu és a verdade
Torne e não se acabe
O que bem te cabe
No que te arde
Neste voar de ave
A ciciar desejos
Espero-te a cantar
Do que se sabe
Com palavras de beijos
Respirar na brisa
Nos dedos do vento
Sinto a tua carícia
Ainda longe pressinto
Que vens suave
Peço que não tardes
Torne e não se acabe
Vem no que te cabe
No teu voo de ave
Tu és a verdade
(Colóquio-Letras, n.º 87, Lisboa, FCG, Setembro 1985, p. 56)