A cooperação portuguesa continua um fiasco: não tem o mínimo sentido de portugalidade ou de uma maneira portuguesa de estar no mundo; não tem uma estratégia coerente, o que é consequência da primeira falta; não tem consciência das realidades locais nem ouve ninguém sobre isso; trata os cooperantes como esfarrapados dos quais se deve desconfiar, chegando a deixá-los a trabalhar ilegalmente em Angola. O único princípio que vejo ser enunciado repetidamente nos últimos anos é o de criar 'dependências estratégicas'. Ora, meus amigos, os angolanos, felizmente, não são burros e sabem o que significa isso. O único sentido para uma cooperação portuguesa é precisamente o de criar independências estratégicas num espaço comum globalizante, dialógico e solidário. A cultura da esperteza saloia não se torna eficaz por adotar duas palavrinhas modernas. Isso é apenas mais uma esperteza saloia.
Neste contexto, só algumas corporações podem funcionar bem - apesar do Estado.
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