Poema das tralhas

E, se tiveres uns quase nadas,

umas tralhas lá de casa, traz

- dessas que andam pelo chão

arrastadas com o pó -

ou do quintal, ninguém repara,

nem tu, com a pressa e confusão 

em que andam sempre olham para o caralho

do mastro e veem-no cheio.

Fica tranquila. Não verão nada.

Circulo por uma cidade

onde não tenho infância

 

Caminhámos para o fundo

mirando as pedras da cidade branca e a natureza comovia-se connosco

 

Matamos o que amamos. O resto

 nunca esteve vivo.

(Rosario Castellanos, México)

Antera, chegando ao pólen

 das flores angioespermas

Aquele que ouve chegará à compreensão

- dizia o Santo

 

De repente, não mais que de repente,

 

O maestro,

afastando o pirilampo 

que lhe pousara nos ombros,

fez o primeiro gesto: 

começava o concerto.

 

Preceito de Cícero

"não se tem de pronunciar as letras obscura ou confusamente, nem as palavras saírem frouxas ou desanimadas, nem, ao contrário, copiosas, como que nascidas de forçada respiração"

(De oratore, XI, 40-47)

 

Eu ontem li uma frase,

queria mesmo trazê-la para aqui...