Para cada amigo tenho sempre um relógio
No fundo claro dos meus olhos
E o milimétrico sintoma dos perdidos passos.
Para cada amigo há sempre
Um arco de sombra, trémulo e quente,
Um copo de vinho entre as cordas
Tensas do destino
E as mandíbulas descalças do espanto
Que ladrilha os caminhos tépidos da manhã: