O azeviche na pupila dos olhos
Flor agreste mímica negra, vermelha
E verde pássaro criança
Estação acordada pela cor das perdizes
A dançar na saia da rapariga, entre a poeira
Ondulante ambulante oscilante levitação
Da caravana em liberdade e com destino certo
Voz entoada nos estalidos do exílio
Sobre o deserto, fugindo em flautas para o mar
Para formar o sol que há-de cair
Uma vez incendiados os pomares em Yerevan
Guizos e oiros ainda das armas de Maral
Abertos agora à alucinação agreste nas areias de Derzoz
De Ksar-el-Kebir e onde?
Aqui no sul
Entre pescarias abandonadas e as mamas gigantes
Da Chela derramando prata pura para o extenso colo verde
Para o redondo vermelho do sol e o negro da noite
Pura como azeviche na pupila acesa dos olhos.