Nem sempre a caravana passa,
Nem sempre o calado ganha.
Nem sempre a água se retira
Depois que escondes a cabeça
Na mesma praia
Do caranguejo
Da mesma pedra
Na mesma praça.
Mas quando partes
Alguém deixaste
Como um resíduo
Como um fantasma
Com sua ausência
Na voz atenta
Dos que te conheceram.
E contigo eles vão também
Puxando os fios do retorno
Das águas que deixaste à beira-mar.