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Átomos estéticos são também cognitivos

  “Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...

17/05/2023

Músicas e despojos coloniais

O major António Leite Mendes faleceu em Benguela, Angola, em abril de 1873. Entre outros pertences guardava uma flauta no valor de 2000 réis, dois jogos de xadrez e um tabuleiro de Damas.

O comerciante José Francisco Rodrigues Gomes faleceu em Novo Redondo (hoje Sumbe, Quanza-sul, Angola) em 1866. Possuía "uma guitarra usada" e "outra sem cordas", a par de "volumes de ordenações do Reino".

O rico negociante Pietro Santy faleceu na Catumbela (Benguela, Angola) em setembro de 1885. Entre pertences e bens à venda possuía uma caixa de música, um piano de manivela, "Cartas de A B C" (13, avaliadas em 260 réis) e "Cartilhas pequenas" (23, avaliadas em 460 réis). Ainda possuía quadros e um telescópio.

Em 1888, na rua da Praia, na mesma Catumbela, falecia Manuel das Candeias Silveira São Roque. Deixava à posteridade 15 livros e "uma armónica". 

No ano seguinte, na cidade de Benguela (Angola), José Luís Gonçalves falecia com "uma harmónica," para acompanhar "alguns livros" e "jornais de ilustrações". 

Leonardo Teixeira Marinho faleceu em 1894 em Benguela (Angola). Deixou 5 "harmónicas", "uma porção de gaitas. Uma caixa de música."

Abílio Ângelo de Azevedo Saraiva morreu na mesma cidade em 1899. Deixou-nos 3 quadros e "25 gaitas de boca".

Nesse mesmo ano e cidade falecia também Francisco Marques Queiroz. Tinha consigo "uma guitarra usada."

Na música da vida, ornavam de rosas o altar da morte.