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Átomos estéticos são também cognitivos

  “Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...

07/02/2024

A liberdade põe em confronto

dois sistemas opostos: o da inércia e o da homogeneidade. A inércia trava a ação por princípios paralisantes e faz aparecer uma economia (também simbólica) paralela, subterrânea, que se organiza abaixo da vigilância, portanto numa ordem não discutível, que retoma por outra via a pior das homogeneidades: ou jogas ou morres; a homogeneidade condiciona a atividade ao rumo, a variedade ao indiscutível e, por aí, conduz à inércia também. Não há interseção possível, ou composição possível: em qualquer delas a liberdade perderia sempre a condição substantiva, dada a necessária estabilidade do sistema fixando as interseções e as combinações numa sequência, patente ou subterrânea tanto faz. Os sistemas todos oprimem, compondo um círculo vicioso. Daí o poder cognitivo, criativo e libertador da anarquia e da mística, do tao e do zen, do paradoxo e da vibração, que transcendem as limitações humanas em nome de nada que se possa definir.




 

06/02/2024

De barro e água


fez-se o homem, segundo as Escrituras, com o sopro divino e o verbo divino (há outro?) os animando. Com terra e saliva fez Deus um milagre que devolveu a visão ao homem, segundo o Novo Testamento. Segundo a ciência, o primeiro organismo (ainda) unicelular vivo, de onde viemos todos os animais pessoas e não-pessoas (há não-pessoas?), nasceu entre a terra e o mar. Aqui está a origem, com sua palavra (bicéfala? penso que não).


 

03/02/2024

Não te iludas - o próprio tempo


fora apenas um instante, quando muito
a graça no prado verde junto ao rio,
um grito branco de silêncio.


 

02/02/2024

Je suis presque sûr


qu’il est interdit de penser 
sur ce navire



(Gary Shteyngart, romancista dos EUA citado no Le Monde de hoje)

 

01/02/2024

Dados mediatos de consciência -

"uma experiência contínua, que começou com os primeiros alvores da consciência e que prossegue por toda a nossa existência"



(Henri Bergson, Ensaio sobre os dados imediatos da consciência. Lisboa: Ed.70, p. 36)