dois sistemas opostos: o da inércia e o da homogeneidade. A inércia trava a ação por princípios paralisantes e faz aparecer uma economia (também simbólica) paralela, subterrânea, que se organiza abaixo da vigilância, portanto numa ordem não discutível, que retoma por outra via a pior das homogeneidades: ou jogas ou morres; a homogeneidade condiciona a atividade ao rumo, a variedade ao indiscutível e, por aí, conduz à inércia também. Não há interseção possível, ou composição possível: em qualquer delas a liberdade perderia sempre a condição substantiva, dada a necessária estabilidade do sistema fixando as interseções e as combinações numa sequência, patente ou subterrânea tanto faz. Os sistemas todos oprimem, compondo um círculo vicioso. Daí o poder cognitivo, criativo e libertador da anarquia e da mística, do tao e do zen, do paradoxo e da vibração, que transcendem as limitações humanas em nome de nada que se possa definir.
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Átomos estéticos são também cognitivos
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