Continuidades e rupturas

ao mesmo tempo. Tudo o que vemos. 

 

Cadornega, 1972, vol. III, p. 325 -

"assim que não há muito que espantar que aquelas aves buscassem aquela erva com tal virtude, para darem liberdade a seus filhos"

 

Todavia deixemos para amanhã

O que se pode fazer hoje.

Na pausa de luz viajam os pássaros.

)Maria de Lourdes Hortas, «Geórgicas», em Romaria(

 

História da fronteira

 

Chuva noturna -

 Não creio que me perguntem 

com clareza e ornato

porque exigir pureza e limpidez

na linguagem dos oradores

e poetas. A elegância do estilo

ainda mais acresce com a leitura

e a clareza é o menos

que se exige de quem fala.

(tirado de Cícero - cortes, colagens e acrescentos deste servidor e de sua natural inteligência)

O papel do crítico

é continuar a obra libertadora e didática do poeta, 

segundo uma tradição hindu, 

seguindo as sugestões do poema com o seu coração.

O fotógrafo mora entre o poeta e o crítico.

 

Mas, o sol, quando não brilha,

 também vês a folha?

Acordar a manhã com a conversa das aves

trazendo e levando recados enquanto as árvores esticam folhas para tocar as nuvens,

isso quer dizer alguma coisa, de certo,

no paraíso dos silêncios encobertos - mas falo apenas por intuição.

 

Essas coisas são difíceis de compreender

"o melhor será congregarmos esforços para saber quem está com a razão: tu ou Crátilo"

(Platão - Crátilo)

 

Sabe aquela música suave?,

quase nada, só uma ligeira colina de luz dourada no finalzinho...

a morte pode ser assim também.