Poema visual

archaico, sem dúvida

 

Pescar a chuva

manhã cedo

no sono dos peixes

 

E o barco e o barcos

e os filhos do mar

e a moça que espera

quando se vai deitar

com as pernas abertas

para o filho nascer

 

Reavido o mar, talvez

 a liberdade límpida seja possível. É como respirar.

O mar tenebroso e sedutor, la mar -

e um ponto onde se cruzam feixes de energia trazidos das águas e da terra; nele a estátua canaliza as correntes fundas do mundo, configurado no corpo feminino, forte e vigoroso, de confluência branca e azul. Os movimentos ali gerados são poderosos, operam geralmente em silêncio, reorganizam a vida.

 

Arigatô

a beleza não suporta aplausos, religa

-te

 

Fontes primárias indigitadas,

 as nuvens tanto predizem o futuro quanto lembram o passado, na sua constante transformam-se talvez entretanto esteja só vivas.

Chegaram navios

para recolher a tempestade

 

What a noble mission, my friends -

sem fechar ao meio-dia

 

Enquanto os orbes celestes

não reencontram o seu filósofo