O velho casal

Não precisa de razões.

 

O novo cavaleiro

 

Pirata, de certo modo,

o meu desejo é o rastro que ficou das aves

(verso do poema Pirata, de Sophia de Mello Breyner Andresen)

 

Poema da manhã cinzenta na beira do mar

O azul mar único do mar.

O cinzento céu único do céu.

Eu agora eu único

Carícia vaga das águas!

Mar-moça! Beça-ngana!

Teus dedos

Infinitamente múltiplos

Os teus cabelos líquidos

De ondina?

(excerto do poema Férias no Mar, de Mário António - Angola - publicado inicialmente com o título desta mensagem)

 

Disturbance

 Disturbance is essential for understanding and any attempt to find security is a hindrance to understanding

(Jiddu Krishnamurti)

Sensibilidade

 e ocasião

(cada foto é uma tese - ou são várias teses. A gente põe palavras aqui para chamar mais leitores e despertá-los para algumas hipóteses de leitura, mas na verdade as fotos dispensam palavras, porque as palavras sempre reduzem a sua potencialidade sugestiva. Se esgotássemos o que esta foto pode sugerir escreveríamos um texto muito extenso, cansativo, pobre relativamente a ele, apesar de mais comprido)

Nos limites da luz,

sendo a luz a razão, nos seus limites encontramos a sobrevivência, que vai buscar ao impensável as condições extremas da continuidade, não o onírico, através do qual, durante o repouso, a luz da razão se reestrutura. 

O gigante solitário

El misterio de su muerte corona el misterio de su vida

(Octavio Paz - Poeta secreto y hombre público: Jaime Torres Bodet)

 

Haiku do João

Na gaiola

um grilo

chora

(João Carlos Raposo Nunes)

 

Colar com medalha

para a Rainha do Mar