O novo governador deve efectivamente começar a governar hoje. Desde a sua nomeação que altos responsáveis provinciais se desdobram em manobras de bastidores (desde maledicências dirigidas contra colegas a golpadas de última hora) que em nada os dignificam. Agora veremos os resultados e por esses resultados o novo governador começa, já, a ser avaliado. A expectativa nele depositada é positiva, embora sem grandes entusiasmos.
Publicação em destaque
Átomos estéticos são também cognitivos
“Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...
20/11/2008
excerto
Após o canto luzidio das escravas,
Nuvens que exilam balas
De sol, azul de chumbo e transparências
No pano prenhe que cicia do
Cordame altíssimo da chuva.
Pequenos barcos de fumo,
Assim genuínos, do chão
Vão recolher a tradição
Trovejante na poeira
Do arco tenso em grandiosa voz
Que abriu as cordas insuspeitas.
O sol retoca-nos depois o rosto
Molhado num chão de lama seca e
Arrasta os nossos olhos para o mar
Com doçura. Uma noite amadurece
e a brisa puxa do rasgado bolso
Uma cobra infinita,
Mãe de si própria, o país duplo da verdade.
19/11/2008
18/11/2008
17/11/2008
identidade e globalização em angola
quem "não é capaz de administrar o seu mercado e preservar os valores da sua identidade, transformando-os em contributo global, fica sem expressão" (José Eduardo dos Santos). Desde sempre este era o caminho a trilhar. Já nos anos 50 Ernesto Lara, filho, alvitrava isso, embora sem os termos globalização e sem a referência ao mercado próprio. A identidade é fluída e negociada a cada momento, mas os seus valores mudam muito mais lentamente (basta ver, por exemplo, os que se mantiveram desde 1950 até hoje). Cabe especialmente aos artistas, às pessoas mais criativas, inventar uma globalização angolana a partir de valores por nós (todos) partilhados. Não sei se alguma equipa governamental poderá fazer isto, mas é uma orientação para os governantes. Também não creio que o actual Ministério da Cultura esteja preparado para dar resposta a este desafio mas, desde que os artistas avancem com a sua arte, as autoridades basta que não criem obstáculos e Angola estará lá, na roda gigante, como já demonstraram alguns (raros) cantores, pintores, dançarinos, escritores.
15/11/2008
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