o futuro não tem só dentes
soantes: só visto
diário fragmentado e comventual, exposto por imagens
Publicação em destaque
Átomos estéticos são também cognitivos
“Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...
06/11/2024
05/11/2024
O lar:
O fogo reúne as pessoas, o magma os minerais, o esfriamento cristaliza. O abandono deprecia. Dá-lhe arte, para que reviva.
Nas casas romanas havia sempre um átrio, peça fundamental. Ali se recebiam os visitantes, e dali se despediam os que abandonavam o orgulho da vida. Nessa divisão também se abrigava um pequeno altar, o lararium. Consagrava-se pelo altar a memória divina dos antepassados (parece que através do fogo, originalmente, mantendo-se uma chama sempre acesa), que ao mesmo tempo ligavam a família pelo sangue e pela terra. A mulher-esposa teria, como uma das funções primordiais, acender e manter acesa a chama do Lar. Acho que devíamos articular essa função primordial com outra, imprescindível, a de orientar a infância até à adolescência, até ao tempo da escola, à qual o pedagogo levava as crianças.
Isso era nas famílias ricas, alguém dirá. Seguramente. Os outros, como nós, em Roma passaram a morar em uma espécie de prédios, de onde se atiravam para as ruas as fezes e as urinas da noite, com regulamento e canalização próprios para o fedor escorrer pela calçada. Ainda há poucas décadas - disseram-me - a maioria das pessoas em Évora moravam em pequenos apartamentos sem banheiro. Ainda em casas antigas e relativamente antigas é possível identificar, do lado de fora, um pequeno espaço reservado às sanitas. Isso mesmo ainda ocorre hoje em subúrbios do terceiro mundo. Por exemplo no Lobito. Um espaço aberto é reservado, por estrutura precária de pau e plástico ou panos, às descargas fisiológicas, afastado o suficiente para o cheiro não incomodar as casas - elas também precárias. Aí, porém, haverá espaço para o fogo, se não do Lar, da comunidade.
Não se guarda em casa a imundície.
02/11/2024
Expposições
(Fundação Calouste Gulbenkian - Centro de Arte Moderna, https://gulbenkian.pt/cam/agenda/o-caligrafo-ocidental/)
Procissão antiga
(obra original de Vieira da Silva. Em 4 re,
flexos: 1. a obra; 2. as lâmpadas; 3. o vidro estabilizado pela moldura; 4. o do fotógrafo; 5. o do título acima - «Procissão antiga» - dado por mim). Só me interessa, porém,
a relação do título com a peça
31/10/2024
29/10/2024
A parede
"é o escritor quem redesenha esses traços temática e morosamente, utilizando a linguagem, seu artifício"
(Aida Gomes, «Por uma literatura sem muros»)
28/10/2024
27/10/2024
Estátua do Brigadeiro
José da Silva Paes (Mercês, Lisboa, 1679 - Lisboa, 1760); escultura de Humberto Carpinelli (SP, 1903 - SP, 1962) inaugurada em 2.3.1939 (autor também do monumento a Marcílio Dias, na Praça da Bandeira, de Rio Grande, inaugurado no ano seguinte) e do monumento a Tiradentes em São Paulo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)