que mostrasse como são complexas as nossas cidades ao anoitecer e porque está acesa cada luz e apagado cada lar. Eu queria contar-vos uma estória mas, quando fui à varanda, extasiado, fiz apenas uma fotografia.
Publicação em destaque
Átomos estéticos são também cognitivos
“Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...
07/10/2021
06/10/2021
05/10/2021
O modo humano
passa pela nossa tendência para estabelecer e verificar padrões que facilitem a perceção e o sentido ou significado contextuais ou mais profundos. Os padrões poupam, não só tempo e energia, também espaço na memória. Considerar um padrão definitivo pode ser tão prejudicial quanto considerar a padronização dispensável. É claro que, se eu busco a prontidão para o êxtase, preciso de me descondicionar e descondicionar-me dos padrões. É claro também que, se vou comunicar-me com vocês, preciso levar em conta os padrões comuns, ou pelo menos uma parte deles, se não eu falo e vocês não me compreendem.
O processo mental que nos leva à criação ou perceção de padrões é, não só verificado, por um método parecido com o hipotético-dedutivo, mas apurado. Há como que padrões de padrões. Ou, se quisermos, padrões fundamentais, aos quais correspondem figuras geométricas (por assim dizer): círculos, simetrias, cruzes, triângulos. Esta figura assenta sobre simetrias e as simetrias interseccionam-se, aqui, pelas formas retilíneas, com a cruz, mas essas formas fazem a cruz integrando formas redondas, circulares e o próprio círculo organiza a grande simetria, que foca imediatamente a nossa atenção. Lá no fundo e no centro da simetria e do edifício aparecem de novo as linhas cruzadas, aí sem qualquer presença de formas redondas. Acho que faz sentido para um palácio da Justiça.