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Átomos estéticos são também cognitivos

  “Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...

23/06/2008

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Or (espaço)

mugabe, velho nazi

Uma das razões pelas quais Hitler e o nacional-socialismo alemão criaram as câmaras de gás foi para limparem a população de pulgas, enfim, da sujidade em que viviam principalmente os judeus, mas também os negros, os ciganos, alguns vadios. Um dos ministros de Mugabe (verdadeiro morto-vivo que faz gala do seu bigode à Hitler) justificou hoje o assalto à sede do MDC e a prisão de várias dezenas ou centenas de militantes ali foragidos com a preocupação com a sujidade que havia lá dentro. Recolheram-nos na prisão, naturalmente para os lavarem e limparem a sede do MDC. Não é por acaso que se dá a mesma desculpa. Os ex-socialistas da ZANU-PF fazem gala de dizer ao Ocidente: aqui, se quisermos, somos nazis e vocês não têm nada com isso. O Irão faz o mesmo em relação aos judeus. E Hugo Chávez, se lhe derem margem para isso, não tarda muito a imitá-los. Porque é que o nazismo há-de ser tolerado em África ou simplesmente fora da Europa? Em nome de que tradições isso é justo? Em nome de que passados isso é legítimo? Porque é que deixamos às vezes de lutar pela dignidade e liberdade das pessoas e dos povos? O paternalismo em relação a África e a auto-comiseração fingida dos ditadores africanos e respectivas elites é que permitem criar monstros como este. São desculpas para fecharmos os olhos. E depois a realidade vem-nos bater à porta apanhando-nos... desprevenidos!

mapa do indo-europeu


(também não me lembro da fonte deste)

família indo-europeia


(também não me lembro da fonte)

notícias de longe

mapa das grandes famílias linguísticas africanas


(já não me lembro de onde tirei)

20/06/2008

barack obama

O que move Barack Obama é um problema identitário. Um problema que seria totalmente diferente se ele fosse angolano. Os negros acharam-no sempre meio branco e os brancos acharam-no sempre negro. Nos EUA não parece (já é teimosia) existir palavra para mestiços. Depois dos direitos iguais para negros e brancos é preciso reconhecer essa identidade, hoje talvez maioritária nos EUA, que é a dos mestiços. Na autobiografia agora reeditada é isso que fica nítido: um homem luta, consigo próprio e no mundo, para perceber o que é e o seu problema é ser um bocado uma coisa e um bocado outra, melhor, é ser obviamente mestiço. Todos somos mestiços, costuma-se dizer. Mas esses todos inclui negros, brancos, amarelos, vermelhos e... mestiços, não é? Os EUA precisam de repensar as vertentes humanas que os compõem e de adoptar o termo próprio para esse vasto segmento da sua população, onde se inclui grande número de afro e euro descendentes, de descendentes de latino-americanos e alguns ainda de ascendência também índia. Neste sentido, Barack Obama é o candidato ideal para resolver pacificamente o problema racial norte-americano, que precisamente consiste num pensamento e numa classificação racial ainda largamente aceites por todas as partes e que serviu de base à visão que o americano comum tem de si e do seu país. Conhecendo e amando brancos e negros e brancas e negras e reconhecendo-se branco e negro ao mesmo tempo ele será, nesse aspecto, o melhor Presidente para os EUA neste momento.