Olhava com tristeza para a paisagem molhada, a rua molhada espelhando as nuvens húmidas, o verde molhado filtrando as águas que iriam alimentar a lagoa.
Ainda havia luz, a suficiente para as árvores criarem sombras a recordar o gramado fresco onde recolhemos o amor ao longo desse cálido Verão que nos abrigava os sonhos e entrelaçava os corpos.
Hoje, uma distância difícil devorava-nos os olhos e até o próprio poste, inerte, passivo, parecia conduzir, mais do que a eletricidade, a vontade de fugir pelo caminho que levou teus passos para tão longe...