dizem os nostálgicos. Mas a causa dessa nostalgia qual é? Sempre seguimos um rumo. A nostalgia é a de uma direção pré-determinada, fixa, que só se alteraria num momento de absoluto descalabro ou de muito evidente (passe a expressão, porque a evidência não tem graus), de muito evidente desadequação.
Há sempre um rumo. A condição humana é a da fronteira entre 'destino' e 'escolha', a da liberdade. Mesmo a Igreja reconhece. Basta ler com atenção, por exemplo, as entrevistas do cardeal e Papa Ratzinger (Bento XVI). O rumo, porém, sem prejuízo de um Deus todo-poderoso, nem por esse Deus está definitivamente traçado, pois depende da nossa atitude o capítulo seguinte da novela. Há sempre uma direção que se toma, só que não se toma nem sempre a mesma, nem sempre previamente, e por isso temos que manter a abertura necessária para percebermos o passo a dar após o que já demos.
O que não nos impedirá de vincarmos o percurso, como quem assinala com pedras para que os outros saibam por onde foi e percebam porquê.
(padre francisco)