é um muxito, mata cerrada junto ao rio, impenetrável quase, onde monos e bugios falam às moças para encantá-las com gritos e gemidos. Há naturezas como letras entalhadas na pedra, naturezas mortas com gritos e sussurros lá dentro, mudos; há naturezas que são como passos nas areias junto à espuma das ondas, frívolas; há naturezas como palavras de água empoleirando-se nas ondas, vivas, mas efémeras e superficiais. Porém o homem, quando acorda e vê é que está na sua natureza.
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Átomos estéticos são também cognitivos
“Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...
18/10/2023
17/10/2023
Para muitos filósofos,
imaginação e análise opõem-se. Curiosa distinção. Uma não vive sem a outra e muito vive sem análise nem imaginação:
Teodiceia
"Car il n’y a rien de si agréable que d’aimer ce qui est digne d’amour"
(Leibnitz, falando de Cristo, em Essai de théodicée)
16/10/2023
Entretanto o verde...
Afinal a poeira
Não era só de palavras.
Era o gasto dos passos
Calçando as estradas,
Indícios esparsos
De folhas antigas.
Afinal a cegueira
Dos pequenos nadas,
O vento a levantava
Das folhas caídas.
15/10/2023
A experiência do inverso -
apanhar o reflexo, ir vendo a imagem refletida num sentido pouco usual (por exemplo da direita para a esquerda), depois de ver as coisas pelo inverso ou negativo - por exemplo um episódio da nossa vida - recompor aos poucos a perceção normal e na direção habitual (da esquerda para a direita). Com muita calma e concentração. Com todos os detalhes.
(mero exercício de perceção)
14/10/2023
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