Inocente solidão desabalada,
Dera ao espanto radiante e mudo a voz,
A flor do ímpeto convversando
O sopro dos anos em regra arcaica
E poema de amor.
Era um poeta perene
O infinito sentido da vida.
“Quando vemos algo além de nossas expectativas, pedaços locais de tecido cerebral geram pequenos ‘átomos’ de afeto positivo. A combinação ...
Inocente solidão desabalada,
Dera ao espanto radiante e mudo a voz,
A flor do ímpeto convversando
O sopro dos anos em regra arcaica
E poema de amor.
Era um poeta perene
O infinito sentido da vida.
que tivesse aprendido esses fragmentos
nos conduziria
ao campo infinito
(leram bem: infinito)
e primitivo onde pervive
ainda aquele tempo antigo
Nem sempre a caravana passa,
Nem sempre o calado ganha.
Nem sempre a água se retira
Depois que escondes a cabeça
Na mesma praia
Do caranguejo
Da mesma pedra
Na mesma praça.
Mas quando partes
Alguém deixaste
Como um resíduo
Como um fantasma
Com sua ausência
Na voz atenta
Dos que te conheceram.
E contigo eles vão também
Puxando os fios do retorno
Das águas que deixaste à beira-mar.