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31/08/2008
olavo bilac
30/08/2008
ronald de carvalho, sabedoria
29/08/2008
surpresa
28/08/2008
ovo e Cartan
menos luz
27/08/2008
26/08/2008
25/08/2008
ôi!
21/08/2008
20/08/2008
19/08/2008
18/08/2008
17/08/2008
arlindo barbeitos - colagem
16/08/2008
arno holz
And barely five minutes later in the church, with the blessing of Pastor Dreschhoff, while I was crowned with names, all around me, the little wiseguy, in densely circling, snircling, closing orbit, yes so be it, the Liedtkes, the Tiedtkes, the Ziedtkes, the Zorns, the Hebestreits, and the Haberkorns, the Kluwes, the Struwes, the Druwes, the Brodiens, the Scharfenbergs and the Lewertiens, the Kuhnkes, the Gruhnkes, the Ruhnkes, the Rieks, the Tuleweits, and the Papendieks, in short, in full array, dignified and elegant, each by rank and degree, most of the upper bourgeoisie, I suddenly cried out and moaned, and consequently groaned, not because I was feeling my oats but rather being stuck by a very sharp Faber pencil with the ... imprint
Number One!
(excerto do poema phantasus, em 3 vol's, 1898-1899, considerado um dos antecedentes da poesia concreta - lembremo-nos de que Un Coup de Dés, outra referência, é escrito em 1897)
15/08/2008
alphonsus de guimaraens
Sião que dorme ao luar. Vozes diletas
Modulam salmos de visões contritas...
E a sombra sacrossanta dos Profetas
Melancoliza o canto dos levitas.
As torres brancas, terminando em setas,
Onde velam, nas noites infinitas,
Mil guerreiros sombrios como ascetas,
Erguem ao Céu as cúpulas benditas.
As virgens de Israel as negras comas
Aromatizam com os ungüentos brancos
dos nigromantes de mortais aromas...
Jerusalém, em meio às Doze Portas,
Dorme: e o luar que lhe vem beijar os flancos
Evoca ruínas de cidades mortas.
cruz e sousa
poema simbolista
Vetustas portas de cristais errantes Às horas mortas gastas e frias, Aquecidas nos membros palpitantes De convivas fogosas e vazias,
Vejo em teus braços de oiro cintilantes, Rubis e brilhos, cores que irradias Na brancura marmórea contrastantes Das velhas portas gastas pelos dias.
E acendo os incensos no turíbulo À tua passagem palpitante Queimando a roupa fina do vestíbulo
Entre passos acesos, coruscante, Asas na dança das aras do prostíbulo, Sobre os lívidos mármores, triunfante.
14/08/2008
uma eleição antiga em luanda
13/08/2008
campanha exemplar 3
campanha exemplar 2
campanha exemplar 1
josé luís mendonça
jorge luís borges
12/08/2008
11/08/2008
haroldo de campos
10/08/2008
04/08/2008
despeito
Arda de raiva contra mim a intriga,
Morra de dor a inveja insaciável;
Destile seu veneno detestável
A vil calúnia, pérfida inimiga.
Una-se todo, em traiçoeira liga,
Contra mim só, o mundo miserável.
Alimente por mim ódio entranhável
O coração da terra que me abriga.
Sei rir-me da vaidade dos humanos;
Sei desprezar um nome não preciso;
Sei insultar uns cálculos insanos.
Durmo feliz sobre o suave riso
De uns lábios de mulher gentis, ufanos;
E o mais que os homens são, desprezo e piso.
03/08/2008
colagem mandrágora
Lucrécia Borja meu amor estive aqui há pouco
Foi por causa da mandrágora
Silêncio! Silêncio! Estou a ficar louco!
A sórdida Lucrécia, demonstração real
De que o padre se compra e a mãe é raposa velha
Se tudo correr bem
O acto por entre subtis isolamentos
Escorregando pelos paralelos
Minimalistas
Hum... sedutora figura
Percorrendo a escala do desejo
Com enigmáticas narrativas
No seu misterioso olhar.
Está bem... Está bem... Descansa...
Dá voltas lentas sobre o palco
Enquanto eu escrevo esta lembrança.
Valha-nos Deus! O alfaiate amoroso
Debruçado sobre a máquina de escrever.
Por vezes sobre a terra comestível,
Por vezes um menino perdido num pântano
Atormentando o conforto dos lagartos.
Bebe mandrágora, filha, bebe mandrágora!
Sempre é melhor que a semiótica.
nevoeiro da hora
Nesse dia discutia-se a beleza
E que disse eu? O polegar?
Música para os meus sentidos?
Um nome assim pronunciado?
A brutalidade da paixão?
Talvez pelo facto de ser audível a tentativa
Introduzida nos melhores círculos intelectuais e
Casada com o desenvolvimento da trama.
Em cadeado. Nós também podemos ascender,
Alcançar o santuário escuro com o ninho de fogo
Da eternidade perfeita e livre de propósitos.
Coloquemo-nos diante do processo de destruição:
Tudo isso é verdade. Mamã, papá, leva-me a dar
Pontapés na bola inocente, consciente, nostálgica não,
Simulacro anedótico da verdade. Uh!
As línguas não são obstáculo. Muito bem!
Toc toc toc pela estrada fora
Minha velha ama que me estás perando
Falta-me o tema, talvez a magia, precisamente:
Eu não passo de um plágio mal feito.