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03/08/2008

colagem mandrágora

Lucrécia Borja meu amor estive aqui há pouco

Foi por causa da mandrágora

Silêncio! Silêncio! Estou a ficar louco!

A sórdida Lucrécia, demonstração real

De que o padre se compra e a mãe é raposa velha

Se tudo correr bem

O acto por entre subtis isolamentos

Escorregando pelos paralelos

Minimalistas

Hum... sedutora figura

Percorrendo a escala do desejo

Com enigmáticas narrativas

No seu misterioso olhar.

Está bem... Está bem... Descansa...

Dá voltas lentas sobre o palco

Enquanto eu escrevo esta lembrança.

Valha-nos Deus! O alfaiate amoroso

Debruçado sobre a máquina de escrever.

Por vezes sobre a terra comestível,

Por vezes um menino perdido num pântano

Atormentando o conforto dos lagartos.

Bebe mandrágora, filha, bebe mandrágora!

Sempre é melhor que a semiótica.