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31/08/2008

olavo bilac

a propósito de parnasianismo, romantismo e de um grande poeta brasileiro: Fogo-fátuo Cabelos brancos! dai-me, enfim, a calma A esta tortura de homem e de artista: Desdém pelo que encerra a minha palma, E ambição pelo mais que não exista; Esta febre, que o espírito me encalma E logo me enregela; esta conquista De idéias, ao nascer, morrendo na alma, De mundos, ao raiar, murchando à vista: Esta melancolia sem remédio, Saudade sem razão, louca esperança Ardendo em choros e findando em tédio; Esta ansiedade absurda, esta corrida Para fugir ao que o meu sonho alcança, Para querer o que não há na vida!