Tombam sóis nascentes,
Cores vivas a pensar
Aquilos que não dizemos
Na tinta seca das cartas.
Presença de coros antigos
Dos negros nas plantações
E a tristeza melancólica do batuque
Abraça a roda gigante.
Lento ocaso, delicioso
Azul escurecendo
Entre as mãos de uma mulher.
(Campinas, 1977 – para Márcia de Araújo Paiva)