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11/06/2010

francisco soares velho poema

Tombam sóis nascentes,
Cores vivas a pensar
Aquilos que não dizemos
Na tinta seca das cartas.

Presença de coros antigos
Dos negros nas plantações
E a tristeza melancólica do batuque
Abraça a roda gigante.

Lento ocaso, delicioso
Azul escurecendo
Entre as mãos de uma mulher.

(Campinas, 1977 – para Márcia de Araújo Paiva)