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15/11/2009

mário antónio até se revoltarem os escravos

Até se revoltarem os escravos. Até se rebentarem as comportas. Até sismos divinos, roncos cavos Da terra inquieta sob as pedras mortas Sacudirem a nossa quietação. Até que luas doidas sobre o mar Sejam sinal da Alucinação. Até se extinguir a gentileza Que mais nos liberta, nos corrompe. Até sermos capazes de amar, Até sermos capazes de morrer.