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20/11/2008

excerto

Após o canto luzidio das escravas,

Nuvens que exilam balas

De sol, azul de chumbo e transparências

No pano prenhe que cicia do

Cordame altíssimo da chuva.

Pequenos barcos de fumo,

Assim genuínos, do chão

Vão recolher a tradição

Trovejante na poeira

Do arco tenso em grandiosa voz

Que abriu as cordas insuspeitas.

O sol retoca-nos depois o rosto

Molhado num chão de lama seca e

Arrasta os nossos olhos para o mar

Com doçura. Uma noite amadurece

e a brisa puxa do rasgado bolso

Uma cobra infinita,

Mãe de si própria, o país duplo da verdade.