Nasceu em Benguela a 16-09-1873, à uma hora da madrugada, filho (ilegítimo) de Manoel Thadeu Pereira Bastos, negociante natural de Cabeceiras de Bastos em Portugal, e da preta Lauriana, cuja ascendência não se conhece, cujo local de nascimento se não indica, e analfabeta. Alguns apontam, como data de nascimento, 16-08-1872 e a campa dá como data de nascimento 16-07-1874.
Foi uma figura fundamental da vida benguelense até 10-04-1936, dia em que, pelas 22h, faleceu vítima de ataque cardíaco.
Político, escritor, intelectual, compositor, pintor, negociante, funcionário público, chegou a corrigir os cálculos matemáticos de um Prémio Nobel da Matemática, o qual lhe agradeceu a correcção que, segundo ele (prémio nobel) se devia a uma gralha.
Fez estudos liceais em Lisboa, tendo regressado a Benguela por falecimento do pai, para assegurar a sobrevivência da família. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Benguela, tendo sido demitido compulsiva e ilegalmente pelo Governo-Geral. Foi vítima da vaga de prisões de 1917 contra os nativos de Angola. Foi o primeiro angolano a escrever uma narrativa policial, hoje desaparecida (As aventuras policiais do reporter Zimbro). Implantou na cidade de Benguela a obrigatoriedade dos exames de condução e beneficiou largamente a saúde pública, os espaços públicos e a cultura benguelense.
O seu nome foi dado a uma rua central de Luanda (entre as Ingombotas, a Maianga e o Maculusso).
Está sepultado no cemitério de Benguela, numa campa simples (foto acima).