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02/09/2008

adelino torres, tomás

(Em memória do Tomás Clemente Venâncio)

Nos cimos dos montes pensativos

que amparam no seu regaço a Covihã

brinca a alma doce e breve

do Tomás menino grande

leve como a sombra de uma pena

porque a inocência não tem peso

no despertar da luz da madrugada

que abre a porta ao destino.

Foi por isso que ele entrou no céu

como a coisa mais natural do mundo

quando os portões foram aberto por um hino

de boas vindas à inocência sem pecado

cantado pelo próprio Deus em pessoa

que queria ver o Tomás chegar,

ser que já estava perdoado

por nada haver a perdoar