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10/04/2008

orhan pamuk, a vida nova

Uma escrita que por vezes satura nas enumerações e descrições desnecessárias e que oscila entre grandes surpresas e desenlaces (desenlace final até) previsíveis. Ainda assim um livro apaixonante. No meio de muitas coisas (a transição dos anos de inocência - talvez 60, 70 - para os de hoje, a perda gradual de um mundo antigo e local, um largo etc.), o livro, a paixão do livro, o livro que nos traz o mundo e que parece contar a nossa história, retratar-nos e nos comunica a paixão com uma intensidade e coloração que jamais se repetem. E a passagem, inevitável, no meio disso tudo, on e of the road, a passagem à serenidade magoada da velhice ou à surpresa involuntária da morte.