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29/02/2008

maria sarmento almondinas

Como uma fita de cetim verde
Em redor do perfil esguio e nobre da muralha
O rio fita o longe
O barco navegável da infância
A madeira, as fábricas e os açudes
A ponte e as pérgolas
As azenhas e a roda que o tempo leva e traz...
A luz que o dia fecha em suas doces margens
E galga em pensamentos
O desejo vivo do mar
Esse secreto sonho de cumprir-se rio
Seiva da terra de quem semeia e lavra
Uma farta colheita de pão e de luar.