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Nuvens


Esta páina ficou demasiado lenta: está no limite.


em paz na magnitude do que havíamos vivido sem palavra nenhuma



começa a fechar-se a cortina



sem qualquer efeito



abertura suave



dias de chumbo



nuvens tutelares



uno e trino



nem tão suave assim



pelo fio da agulha




No bojo do voo




asas 



Candeeiro sobre o lago



sistema nervoso central 




Luminosa




Uma espécie de vanguarda




Este mundo é um paraíso, veja: cada demónio
estrangula mil almas antes de sucumbir
 
(Pedro Lyra)



Pequenos contrastes na via dupla



Onde nascem as nuvens
com seus brancos braços longos
cravejados de sombras



Realmente as nuvens não têm país




Ondas de cima
sobre os cascos do oceano

 

reabastecimento


retorsão e brilho



Cassino - Rio Grande - RS - Brasil



em volta



nem crime nem castigo - um pássaro distante



Entreato


Emissão


Quase
   

Uma ligeira dissensão


  






da prata do dia - progressão para o azul através do ouro




Lua e Sol nos jardins do Éden


Ponto central



Nuvens finas



Espargindo-se



Diálogos brancos






Alinhamentos imprevistos









as nuvens não têm títulos












As luzes acendem a neblina
Que nem a brisa limpa
Com seus pianos de pluma.
As nuvens inflam de chuva
Sob o domínio oculto do sol.
O céu, contrito, se oclude.







Em castelo


Ainda há luz


Sol entre nuvens


Entreverdes





Poeira luminosa


Luz ao fim do dia


Anoitecer no lago


... em trânsito


Vertical com ramos sem folhas


Nuance


Retorno da mesma nuvem


Daquela cor...


Lua 🌙 e seus poetas


Reflexo animado


Encostando-se


Abertura tímida


Praia do Cassino


Palpável


Voando sobre a lagoa


Vinco e vento


Segredo


Sol nublado, com linha assimétrica


asa branca sobre o lago: 
as garras das nuvens
coam transparências
na poeira dos olhos


nublagem com árvore e sol


Entre linhas em V, as nuvens levantam o sol e o envolvem. Por baixo delas, à direita, a folhagem em contraste nos fala das raízes e da busca em verde tentando tocar para além dos fios


Corando, começo da grande elipse do tempo, recebendo o sol em diferido já no declinar do dia


Vitoriosa


Bando de asas em fuga trazem da ilha distante um rasto de luz sobre a lagoa noturna


Ponto e fuga




Entre as copas das árvores altas


Eletrocutadas




Anoitece à direita


a nublagem solar


A luz em ascensão


Em paz, quase chegando...


Cais à direita


Possível abertura




depois que, invariavelmente


as nuvens em torno do sol


fixaram a luz brilhante


em Évora - nuvens com pássaro


atravessaram os muros


a lagoa dos patos, o rio grande, fugindo por um fio fino


de brancuras de sentido


no horizonte sombreando o verde


as casas, o firmamento


refugiando-se atrás das árvores


preparando a lua noturna


e retornado à sua digna soberania


além dos fios cortantes


sobre as ondas cíclicas e azuis


antes de se tingirem com o sangue das águas


os húmidos peixes em torno do barco


mesmo ancorados aos laços flutuantes


pousando como quem vigia o pescador


além da noite sobre o chão


além da noite precoce


anunciando o sacrifício do sol


entre prenúncios encarnados


antes da próxima manhã branca


sobre o espelho das lagoas


das ruas desertas ao amanhecer


na cidade enublando a prece dos dias


enublando as cordas das travessias


com prédios fátuos ao fundo, inutilmente orgulhosos


antes da beleza da paz, um barco impercetível na distância


que a estrada corte com seu gole de alcatrão




















Chuva no lago


Nublagem rosa


Entre árvores


,



Grito