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30/06/2024
Vigiávamos o sono
e a perplexidade do estremecimento que não nos deixava dormir para [...] sempre
(Leonora Rosado, Sede de Tântalo, p. 49)
29/06/2024
28/06/2024
27/06/2024
O ninho
Vagaroso, deslize subtil entre outros
[...] até ao desembaraço do salto
(Elisabete Marques, Animais de sangue frio, p. 45)
26/06/2024
25/06/2024
Não há nada
percebido pelos sentidos que não se perceba imediatamente.
Está bem, tio Berkeley, nesse caso, a matéria é necessariamente
um produto mental. Está bem, tio Berkeley, nesse caso, porque fica essa espécie de eco na minha cabeça olhando esta foto?
24/06/2024
23/06/2024
22/06/2024
21/06/2024
20/06/2024
Confissão desavisada
Inocente solidão desabalada,
Dera ao espanto radiante e mudo a voz,
A flor do ímpeto convversando
O sopro dos anos em regra arcaica
E poema de amor.
Era um poeta perene
O infinito sentido da vida.
Um filósofo
que tivesse aprendido esses fragmentos
nos conduziria
ao campo infinito
(leram bem: infinito)
e primitivo onde pervive
ainda aquele tempo antigo
19/06/2024
18/06/2024
17/06/2024
Rebojo
Nem sempre a caravana passa,
Nem sempre o calado ganha.
Nem sempre a água se retira
Depois que escondes a cabeça
Na mesma praia
Do caranguejo
Da mesma pedra
Na mesma praça.
Mas quando partes
Alguém deixaste
Como um resíduo
Como um fantasma
Com sua ausência
Na voz atenta
Dos que te conheceram.
E contigo eles vão também
Puxando os fios do retorno
Das águas que deixaste à beira-mar.
16/06/2024
14/06/2024
10/06/2024
Talvez não tenhas reparado nisso
(as coisas em si próprias)
*
glosa a Camões:
"ninho feito, pega morta",
Mundo, se te conhecemos,
Tu não enganas ninguém.
(Lendo Camões - vida e obra, de Carlos Maria Bobone)